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sábado, 27 de fevereiro de 2010

Livro lança novo olhar sobre a saga "Crespúsculo", escrita por Stephanie Meyer

Em “A Cruz e o Crepúsculo”, a autora norte-americana Beth Felker Jones investiga a história sob uma perspectiva cristã, analisando os valores e as qualidades desse thriller emocionante. O lançamento é da Thomas Nelson Brasil.

A cruz e o crepúsculo
As mensagens espirituais na saga de Stephanie Meyer
De Beth Felker Jones
Nº de Páginas: 164
Preço: R$ 24,90

O amor proibido entre o vampiro Edward e a humana Bella fascinou milhões de leitores mundo afora na série “Crespúsculo”, de Stephanie Meyer. Agora a história ganha um novo olhar em “A Cruz e o Crepúsculo” que acaba de chegar às livrarias do país pela Thomas Nelson Brasil. Escrito pela professora de teologia da Universidade Wheaton, em Illinois (EUA) Beth Felker Jones, o livro dá nova dimensão aos significados ocultos de várias questões para os jovens.

A autora acredita que os temas universais tratados nos livros da série foram responsáveis pelo sucesso de vendas. “Os livros tratam de romance, de encontrar, perder e manter o amor, e também falam de sexo e desejo. Escrevi este livro por ser apaixonada pela forma como tais assuntos têm importância em nossas vidas. Ofereço, então, algumas perguntas, ferramentas e ideias para ajudar o meu leitor a ponderar, sob a ótica bíblica, todas estas questões”, defende.

Os quatro títulos da saga escrita por Meyer têm, em seus enredos, reviravoltas surpreendentes. Eles se somam para contar uma história de amor irresistível. Bella, a heroína, é uma adolescente normal que se vê como uma pessoa desinteressante. Edward é um colega de sala, irresistivelmente charmoso, que se revela um vampiro. Em “Crepúsculo”, o primeiro livro da série, os dois personagens se encontram e iniciam um romance improvável. Em “Lua Nova”, o romance parece terminar. Mas o relacionamento entre os protagonistas volta em “Eclipse” e eles constroem uma vida juntos em “Amanhecer”. Durante todo este percurso, eles enfrentam os perigos do mundo paralelo dos vampiros.

Para Beth, os títulos de Meyer são todos ligados à luz. “’Crepúsculo’ é o período entre a escuridão e a luz, o fim do dia, quando a luz está indo embora. A ‘Lua Nova’ fornece uma réstia de luz na escuridão. Um ‘Eclipse’ bloqueia a luz, impedindo-a de nos alcançar, mas o ‘Amanhecer’ implica a chegada da esperança e a possibilidade de revelação. A escuridão ameaça, mas a luz sempre a atravessa”, ela diz.

A autora alerta que não se trata de perceber o livro de Meyer como uma obra moralista. “Já ouvi muitas sugestões de que os cristãos deveriam aceitar a série porque o universo sobre o qual ela descreve é moralista e que, talvez, os cristãos consigam enxergar sua própria moralidade ali. Mas fico em dúvida em relação a tais sugestões. Acredito que nós, cristãos, podemos achar vários exemplos aproveitáveis em histórias que não são cristãs, mas fico indecisa com o modo com que os temas da moralidade e da bondade funcionam na saga ‘Crepúsculo’”, observa.

O Fruto Proibido
No início do primeiro livro da série, Bella é surpreendida com o olhar de repulsa lançado por Edward. No decorrer da trama, é revelado que para ele, a carne de Bella e o cheiro peculiar de seu sangue agiam como isca extremamente tentadora ao vampiro “vegetariano”. Para evitar a tentação, arruinando todos os anos que passou protegendo a vida humana, ele resolve segregar a heroína. Não à toa, a capa de “Crepúsculo”, traz uma tentadora maçã, exatamente como aquele fruto proibido descrito em Gênesis.

Para a autora, o romance entre Bella e Edward é descrito como predestinado, como se fossem feitos um para o outro, verdadeiras almas gêmeas. “Quais as consequências em se aceitar tal conceito de romance? Primeiro se um romance é determinado pelo destino, se meu único amor for a minha alma gêmea, então, as possibilidades de escolha e de responsabilidade desaparecem. Não sou mais livre para fazer boas escolhas sobre com quem quero compartilhar minha vida. Ao contrário, sou obrigada pelo destino. Não mais poderia buscar o bom conselho de outros cristãos no que diz respeito à vida romântica. O destino seria o único conselheiro necessário”, comenta Beth.